Quer comprar uma editora?

Entre as ofertas da Sunbelt Business Brokers - empresa americana com franquia no Brasil e que compra e vende outras empresas - estão escolas de idioma, restaurantes, clínicas de estética, lojas de produtos esotéricos e até uma editora. O anúncio no site diz que o objeto do negócio está no mercado há 50 anos, já tem 300 e-books em catálogo, é administrada de forma enxuta e moderna e vende para livrarias e até para o Governo. A receita anual é de R$ 1,5 milhão e o preço, R$ 1 milhão. Mas Paulino Raphael, um dos sócios da Sunbelt, diz que os donos são flexíveis e que a editora pode sair por menos de R$ 800 mil. Esta é a primeira vez que negociam uma empresa dessa natureza e o trabalho já vem sendo feito há quase um ano. No geral, conta ele, uma empresa é vendida no período de 3 a 9 meses. Mas Raphael está otimista: "É uma empresa familiar que vai muito bem, não tem passivo e tem ebitda (ganhos antes dos descontos) de 25%, o que só se vê em restaurantes muito caros, por exemplo". O anúncio não diz, mas a editora produz livros do chamado segmento CTP (Científico, Técnico e Profissional), que faturou, em 2010, R$ 739 mil dos R$ 4,2 bilhões registrados pelo mercado editorial brasileiro segundo a Pesquisa Produção e Venda, feita pela Fipe por encomenda da CBL e SNEL. Uma vantagem e uma desvantagem do setor: o CTP deve ser um dos mais impactados pela popularização do livro digital, já que tem nos estudantes seu público-alvo.

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Enquanto isso, a Brasiliense, que já recusou propostas de compra nos últimos anos, espera concretizar sua venda em janeiro. Até lá, uma empresa de consultoria, com advogados e contadores, tenta enxugar processos e organizar a casa fundada por Caio Prado Júnior, consolidada por Caio Graco e herdada por Danda Prado.

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