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19 de Abril de 2024
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    Cartas - 19/08/2011

    Publicado por Estadão
    há 13 anos

    CORRUPÇAO

    A bola da vez

    Em menos de oito meses, a presidente Dilma Rousseff perdeu quatro ministros - três deles envolvidos em escândalos de corrupção e ligados, em especial, ao governo de seu antecessor. Wagner Rossi foi a bola da vez. Após inúmeras suspeitas de fraudes na Agricultura, não havia mais o que ser feito. Estranho seria se ele continuasse no cargo. As acusações não foram poucas - loteamento político, lobista influente e uso de jatinho emprestado para "carona" do ex-ministro são algumas delas. Em sua carta de demissão, Rossi finaliza dizendo "aos amigos tudo, menos a honra". Difícil falar em honra ou honestidade quando essas características (ou a falta delas) impulsionaram sua queda. Para nós, a população, o que resta é a indignação, o medo e a dúvida: quem será o próximo?

    PAULO MARCELO REIS

    paulomarcelomr@gmail.com

    São Paulo

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    Ministros & Cia.

    A demissão paga salvo-conduto?

    HELENA RODARTE C. VALENTE

    helenacv@uol.com.br

    Rio de Janeiro

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    Filho de peixe peixinho é?

    Nos idos de 1955-1960, fui um dos alunos dos professores João, Oswaldo e Antônio Rossi, sócios-diretores do tradicional Colégio Paes Leme, em São Paulo. Modernidade, rígida disciplina e corpo docente escolhido a dedo marcaram época. Guardo de lá as melhores recordações da minha vida estudantil. João Rossi foi o pai do ex-ministro Wagner Rossi, afilhado político do vice-presidente Michel Temer (ambos do PMDB). Foi para a pasta da Agricultura por nomeação de Lula da Silva em 2010 e confirmado no governo Dilma (PT). No entanto, "desinformados", os dois ainda não sabiam de nada... Pena que o ex-ministro se tenha envolvido em escândalos de corrupção política, publicados pela mídia, a ponto de obrigá-lo a deixar o cargo pela porta dos fundos. Filho de quem foi, curioso não ter levado como legado para a vida pública os ensinamentos exemplares recebidos de seus ancestrais, que certamente ainda norteiam os ex-alunos do notável e saudoso estabelecimento de ensino.

    JOAO BOSCO PETRONI

    jbpetroni.adv@uol.com.br

    São Paulo

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    Traquinagens

    Surpreende o grande número de casos de corrupção no governo Dilma. Enganou-se quem pensou que era impossível haver em tão pouco tempo mais traquinagens do que na era do antecessor. Primeiro foi Palocci, depois Alfredo Nascimento, seguido por Nelson Jobim e, agora, Wagner Rossi, além, é claro, dos outros companheiros com cargos menores. A pergunta, entretanto, é se tantas saídas em menos de oito meses de governo se devem a um aumento nos casos de corrupção ou - e espero que seja verdade - a um pulso mais forte da presidente Dilma. Prefiro acreditar que, ao contrário do barbudo, ela esteja se livrando dos "amigos de luta" deixados pelo padrinho político.

    THIAGO C. ANDRADE

    thiagocandrade@gmail.com

    Recife

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    Exceção à regra

    Podem dizer que Nelson Jobim é vaidoso, que foi deselegante com Dilma e com suas colegas de governo e outras tantas coisas. Mas não que tenha saído do ministério por corrupção, como os outros ministros demitidos por Dilma. Ponto positivo para Jobim, que saiu do governo, como exceção à regra, sem fama de ladrão.

    RONALDO GOMES FERRAZ

    ronferraz@globo.com

    Rio de Janeiro

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    Faxina

    Gostaria de cumprimentar a presidente Dilma Rousseff pela faxina que fez com três de seus ministros, possivelmente envolvidos com corrupção. Agora só faltam os outros 33 ministérios.

    LEAO MACHADO NETO

    lneto@uol.com.br

    São Paulo

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    Chumbinho

    O que está havendo nos ministérios não é uma faxina, e sim uma desratização. Isso vai longe.

    MARÇO ANTONIO SOARES

    marco_antonio_so@uol.com.br

    São José dos Campos

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    Novo foco

    Com a saída de Wagner Rossi da Agricultura (a faxina nos escalões inferiores deve continuar), os olhares se voltam agora, com mais intensidade, para o Ministério do Turismo. A Nação está cansada de tanta corrupção!

    ALVARO SALVI

    alvarosalvi@hotmail.com

    Santo André

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    Novo ministério

    Sra. Luíza Helena Trajano, caia fora enquanto é tempo!

    ROBERT HALLER

    robelisa1@terra.com.br

    São Paulo

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    Contrapeso

    Dona Luiza, não entre nessa, não. A ideia nem é de dona Dilma, mas de algum dos seus assediadores, que aparecem com ideais mirabolantes tentando desviar a atenção do povo e da mídia das falcatruas no governo, apresentando um nome de peso para contrapor ao prato da balança da desonestidade. Siga fazendo o que a senhora faz de melhor: inovar, investir, gerar empregos, renda e recolher impostos. É a melhor forma de o empresário contribuir para a Nação.

    MANOEL BRAGA

    manoelbraga@mecpar.com

    Matão

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    Convite para não ser aceito

    Prezada sra. Luiza Trajano, esse, com certeza, é um convite que não deve ser aceito. Sei que não tenho nada com isso, mas... A senhora é empreendedora, não política. Políticos não são empreendedores, são políticos, apenas isso.

    JOSÉ PIACSEK NETO

    bubapiacsek@yahoo.com.br

    Avanhandava

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    PETROBRÁS

    Estatal ou privada?

    Foi espantoso ouvir de seu presidente que as decisões da empresa são políticas e o mesmo ocorre nos demais países que exploram petróleo. Pode até ser verdade, mas lá são outros políticos. Aqui, infelizmente, as decisões políticas visam só interesses pessoais e/ou de grupos, não da Nação ou dos acionistas, incluídos os que aplicaram o seu FGTS na empresa. Afinal, a Petrobrás é uma empresa estatal ou privada? Será que a Vale seguirá o mesmo destino?

    FÁBIO DUARTE DE ARAÚJO

    fabionyube@visualbyte.com.br

    São Paulo

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    "Com a bandalheira deixada por Lula, Dilma (coitada!) vai precisar de pelo menos três mandatos para dedetizar a Esplanada dos Ministérios e outros terrenos baldios"

    LUIZ BARRICHELO / PIRACICABA, SOBRE A CORRUPÇAO NO GOVERNO

    legbarri@uol.com.br

    "Novo nome da gatunagem é complô. Ah, ah, ah!"

    CECILIA CENTURION / SÃO PAULO, SOBRE AS ALEGAÇÕES DE ROSSI

    ceciliacenturion@globo.com

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    VOCÊ NO ESTADAO.COM.BR

    TOTAL DE COMENTÁRIOS NO PORTAL: 1.271

    TEMA DO DIA

    Mendes Ribeiro vai assumir Agricultura

    Presidente teria acolhido indicação do PMDB. Escolha de Mendes reabre vaga de líder no Congresso

    "Por essa troca desenfreada de membros do governo, verifica-se que Dilma não se preparou para ser presidente."

    MIGUEL DINIZ

    "Mulher de fibra e eficaz, Dilma está se tornando uma grande estadista, respeitada por seus opositores."

    FLAVIO ANDRADE

    "A lei deveria exigir pelo menos dez anos de experiência na área para assumir o cargo."

    PETER BIONDI

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    Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

    MINISTÉRIO EM QUEDA

    O ministro Wagner Rossi pediu demissão por não suportar tantas irregularidades em sua pasta. Isso em nada surpreende o povo brasileiro, que já acostumou com estes percalços, aliás, no governo Dilma a coisa tem piorado. Acredito, tudo tem que ver com o sistema de governabilidade imposto, no primeiro momento, por FHC e melhorado por Lula, entregando ministérios a políticos, e não a profissionais. Deu no que deu e, com certeza, não deve parar nunca. Basta-nos saber qual será o próximo.

    Marcos Antonio Scucuglia sasocram@ig.com.br

    Santo André

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    CAFÉ FRIO

    Da maneira como a coisa anda, o café em Brasília está ficando frio. Não há a quem servi-lo.

    José Piacsek Neto bubapiacsek@yahoo.com.br

    Avanhandava

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    O PRÓXIMO

    Mais um ministro cai no governo Dilma. No curto período em que a presidente Dilma Rousseff esteve à frente do Poder Executivo, quatro de seus ministros já saíram do cargo, seja por supostos desvios, ou calúnias, os ministros de sua curta gestão vão caindo, denegrindo a imagem da presidente. Tudo isso demonstra uma instabilidade no governo e ressalta a incapacidade da presidente quando o assunto é escolher bons ministros. Esperamos que Mendes Ribeiro seja competente para estar à frente do cargo. E esperemos, pois é uma questão de tempo para descobrirmos quem será o novo ministro a cair no governo Dilma.

    Vinícius Bernardes Mondin Guidio vguidio@ig.com.br

    São Paulo

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    LÁ SE VAI MAIS UM

    Mais dois ou três e, aí, restará o sonho de conseguir pegar Ali Babá.

    Carlos Delphim Nogueira da Gama Neto carlosgama@conjeituras.com.br

    Santos

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    A DIFÍCIL TAREFA DE ENFRENTAR A CORRUPÇAO

    A presidenta Dilma Rousseff está descobrindo a dificuldade de qualquer cidadão em posição de autoridade ou não, de se posicionar contra a cultura da corrupção. Ao decidir enfrentar essa que é denominada a maior praga do século, ela descobre que quando não se deixa os aliados fazerem o que querem, no caso se locupletar à custa do erário, eles fazem beicinho e não brincam mais. Pelo menos até o momento em que se anuncie uma nova liberação de verbas de emendas parlamentares. Ou uma nova leva de nomeações de cargos. Há muitos anos que os brasileiros já sabem que o sinônimo de base aliada no Brasil é licença para desvio generalizado de recursos para os políticos e partidos que a compõe, o que é feito com a partilha da máquina pública. Mas existe um código: Pode roubar, mas não pode ser pego. Aqueles que são pegos são considerados amadores e idiotas e são abandonados à própria sorte. Ter experiência política na maioria das vezes significa fazer as malandragens sem deixar rastro. Aqueles que conseguem fazer isso são promovidos no partido e ganham projeção, ou seja, espaço político e bem estar. A Presidenta Dilma Rousseff quer, aparentemente, acabar com essa conexão automática, de que ao fazer parte da base aliada, há uma licença para os mau feitos. Mas infelizmente ela está descobrindo o quão difícil é essa tarefa. O nosso sistema político está podre, e uma grande maioria de pessoas milita nos partidos e na política para defender interesses próprios. Membros de organizações sociais, cidadãos, e autoridades que decidem tomar ação contra a corrupção sabem o que isso significa. Invariavelmente enfrentam ameaças, inimizades de familiares e partidários dos corruptos, prejuízos nos seus negócios, preconceitos nas empresas e organizações nas quais trabalham, pois as empresas de forma geral não querem se meter com o combate à corrupção, e represálias diversas dos bandidos. Alguns lutadores contra a corrupção são simplesmente assassinados, como é o caso da juíza Patricia Acioly de São Gonçalo, e o vereador Evaldo Nalin de Analandia. È por isso que o combate à corrupção não é uma tarefa tão simples. É por isso que a presidenta Dilma Rousseff merece apoio da sociedade quando ela toma medidas contra a corrupção. Questões partidárias, ideológicas, preferências pessoais devem ser deixadas de lado nesse momento. A luta contra a corrupção deve ser elevada a objetivo maior da sociedade, pois não existe câncer mais agressivo para corroer o tecido social do que a corrupção. E a questão da corrupção está presente em todos os segmentos da sociedade, no executivo, legislativo, judiciário, e no setor privado. É uma questão cultural. O Congresso não vota medidas que ajudariam o combate à corrupção porque isso vai contra os interesses da maioria que lá milita. É o caso do fim do foro privilegiado, da aplicação da Lei de Improbidade Administrativa a todos agentes públicos, a criminalização do enriquecimento ilícito e a criminalização de pessoas jurídicas.

    Josmar Verillo jverillo@amarribo.org.br

    Ribeirão Bonito

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    PR ''INDEPENDENTE''

    Com a "independência" da bancada do PR tivemos a prova cabal de que este partido tem tudo menos um partido com Princípios Republicanos. PR deve ser partido do reembolso de gastos, partido do reajuste contratual, partido da recompensa...

    Roberto Saraiva Romera robertosaraivabr@gmail.com

    São Bernardo do Campo

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    A SAÍDA DO PR PODE SER SALUTAR

    O abandono dos integrantes do PR da base aliada pode representar o avanço de uma governabilidade calcada num pacto social com os segmentos que pretendem o bem do Brasil, não a satisfação egoísta e pedestre dos próprios interesses. Tudo depende, a partir deste instante, da perspicácia e da habilidade, tanto do governo como de setores da oposição. Se esse acerto com vistas ao bem comum ocorrer, o Brasil, afinal, terá tomado de seu rumo no sentido da superação de seus problemas, que ainda são extremamente sérios, ao contrário da visão ufanista propagada nos últimos tempos.

    Amadeu R. Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br

    São Paulo

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    ATÉ O ÚLTIMO

    229 dias de governo e quatro ministros afastados: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa) e, mais recentemente, Wagner Rossi (Agricultura). Pelo meio, a demissão de, pelo menos, 20 funcionários da administração e de Milton Ortolan (n.º 2 do Ministério da Agricultura), a despromoção do ministro Luiz Sérgio (da pasta das Relações Institucionais para as Pescas e Aquicultura) e a detenção de Frederico da Silva Costa, secretário do Turismo. Se dúvidas houvesse acerca da sua independência relativamente a Lula da Silva, Dilma Rouss...

    Ver notícia na íntegra em Estadão

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/cartas-19-08-2011/2809861

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