Lucas Mendes: Pornógrafos na política dos EUA
Tradicionais simpatizantes de políticos liberais, os magnatas da pornografia participam do cenário eleitoral americano.
A primeira casa que visitei nos Estados Unidos foi a do fundador e dono da Reader's Digest, um dos maiores sucessos da história da imprensa mundial e principal patrocinador da bolsa que me trouxe em 1968.
DeWitt Wallace era um republicano conservador, multi milionário e generoso contribuinte do governo Nixon.
A bolsa tinha sido criada no começo da década de 60 com objetivo de atrair jornalistas de tendências esquerdistas e "lavar" noções antiamericanas, dominantes no meu grupo.
A casa de Wallace ficava a uma hora ao norte de Nova York num cenário extraordinariamente rico e lindo, perto da sede da Reader's Digest. Um paraíso e um choque cultural.
O presidente Reagan dizia que se conseguisse levar os líderes soviéticos para um passeio de helicóptero pelos afluentes subúrbios americanos destruiria o comunismo.
A segunda casa que visitei, três dias depois, durante a convenção do Partido Democrata em Chicago, me deu outro tipo de choque cultural.
Foi a "mansão" de Hugh Hefner, dono do império Playboy. Todas as noites, depois do gás lacarimogênio, das pancadarias nas ruas entre a polícia e a juventude desatinada, dos tumultos da convenção, políticos, intelectuais e jornalistas enchiam as salas de Hefner que às vezes dava as caras com seu robe, pijama, chinelos de flanela e cachimbo...
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