Delírios e ideologias
Semana passada, o extremista norueguês Anders Breivik, que em julho de 2011 praticou dois atentados sucessivos nos quais matou 77 pessoas e feriu outras 242, foi considerado "legalmente são" pela corte de Oslo e, como tal, condenado à pena máxima daquele país - confinamento por 21 anos.
A pergunta que imediatamente ocorre a qualquer um é - como se pode afirmar que não é louco alguém que comete um ato como esse?
A dúvida atinge não apenas o público leigo, pois mesmo os especialistas discordaram quanto ao diagnóstico de Breivik. Em novembro de 2011, um grupo de peritos o considerou como um caso de esquizofrenia paranoide. Mais recentemente, outro grupo afirmou que, mesmo tendo diversos transtornos e sintomas, Breivik não é um psicótico, sendo capaz de avaliar as consequências de seus próprios atos, opinião que prevaleceu no julgamento.
Para entender a discordância entre os peritos, imaginemos duas situações. A primeira mostra Breivik tomado pela ideia de que determinadas pessoas são clones de seres humanos controlados por alienígenas, que os usam como espiões visando à futura invasão de nosso planeta. Convencido de que a Terra pode ser destruída pelos extraterrestres, Breivik se sente na obrigação de lutar contra essa ameaça e mata seus agentes. Na segunda, acreditando que a Noruega corre o perigo de perder sua identidade nacional ameaçada pelo multiculturalismo, política alimentada por marx...
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